Olá, meu nome é Juliana, sou recém casada e acabei de embarcar nos EUA para viver uma grande aventura de ser uma ex-rica!
Não tive meus bens bloqueados pela justiça ou perdi uma pensão alimenticia milionária de algum jogador de futebol, eu apenas casei – simples assim – e meu maridinho não é nenhum abonado.
Na realidade, nunca fui absudamente rica e não estou absurdamente pobre; mas a diferença da minha vida no Brasil para o padrão que tenho agora é ABSURDA.
É uma experiência pessoal, e tenho a certeza de que receberei criticas, afinal, eu não tive o privilegio de ser pobre antes. Então como amadora, provavelmente cometerei alguns erros na minha nova condição de “mal provida do necessário”.
A idéia é encarar tudo isto como um estágio, um degrau, um obstáculo a ser superado. Como todo estagiário, eu tô me fudendo… mas me achando o máximo e me divertindo, antes que a graça do exotismo da pobreza caia na rotina.
Apesar de ter sido criada em um lar que valorizava mais o “ser” do que o “ter”, entrei de gaiata num navio, desprevenida de qualquer traquejo domestico…
Algumas coisas mudaram na minha vida: hoje, quando digo para a vendedora da loja que só estou dando uma olhadinha, não é charminho: é a mais pura verdade… E levo sim, minha máquina de calcular para o supermercado. (Ah, e por falar nisso, porque o papel higiênico é mais caro que o guardanapo?)
Se é considerado “feio” ser novo rico, seria bastante pior ser novo pobre – de espirito. Por isto, me deixei envolver pelo romantismo que todo pobre carrega em si, e afirmo: Se você quer se sentir rico, apenas conte todas as coisas que você tem e que o dinheiro não pode comprar.
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